Depois de mais de quatro horas no ônibus, suportando a
ansiedade, enfim, ela pôs os pés em solo paulistano.
Não conseguiu dormir durante a viagem e, ao descer do Prata,
seus olhos estavam embaçados.
Sem saber direito para onde ir, ela pegou suas malas e olhou
ao seu redor. Pensou:
- Nossa, quanta gente. É gente demais mesmo.
Era ônibus saindo, chegando, pessoas acenando, criança
correndo e outras gritando.
Até que apareceu alguém para ajudar.
- Moça, posso levar as suas malas?
- Pode, disse ela.
Pensou: que pessoas agradáveis, só por ver aqui sem
conseguir carregar as malas, mesmo sem eu pedir, me socorreu.
Enquanto ele levava suas malas, ela seguia atrás, sem saber
direito para onde estava indo, mas refletia o quanto seria bom viver em São
Paulo, nessa grande cidade.
Sem medo, ela o seguia com passos firmes. Até que logo
quando chegou na catraca do metrô Barra Funda, o homem que carregava as malas,
abriu-lhe um sorriso e disse ao passar as malas pra ela:
- São seis reais.
Ela, ficou alguns segundos sem ter o que falar. Tirou o
dinheiro da carteira, pagou o simpático cidadão; olhou pra cima e viu a placa:
- Bem-vindo a São Paulo.
Pegou as malas e seguiu em direção ao Paraíso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário